Os cestos em fibras vegetais foram os recipientes utilizados no transporte de materiais sólidos até à generalização do plástico. Nesta função, assumiam vantagens sobre a bilha de barro ou a celha de madeira, por serem mais leves e inquebráveis.
Para além da representação caricatural de personagens e tipos do meio rural em barro (o médico ou o vizinho; o baile ou a tourada) e da arte criada pelos pastores locais, minuciosa e satírica, as artes de embelezamento estão também presentes nesta região – estes trabalhos manuais contribuem para criar na casa alentejana maior comodidade e harmonia. É o caso das rendas de gancho e agulha de Alcácer do Sal; das mantas de retalhos e das molduras em cortiça da Sonega (Santiago do Cacém); das garrafas, bilhas e potes revestidos de cortiça natural, de Grândola. |
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ODEMIRA |
Os produtos artesanais, assim criados, têm a vantagem de ser, por um lado, objectos únicos e, por outro, objectos que reflectem a cultura da região onde são criados. O Concelho de Odemira dispõe de um inestimável património de actividades artesanais.
Essa riqueza está patente na variedade e qualidade das obras produzidas pelos nossos artesãos, na diversidade das técnicas e dos materiais utilizados e na autenticidade com que integram os modos de vida e de sentir da população local.
A cestaria, cerâmica, olaria, tecelagem, latoaria, fabrico e empalhamento de cadeiras, produção de calçado, violas campaniças, miniaturas de actividades locais e de alfaias agrícolas são alguns exemplos da diversidade de criações, tanto ligadas a actividades económicas específicas, como à imaginação e à arte popular.
Os artesãos executam, na sua maioria, trabalhos por encomenda e podem ser contactados através dos Serviços Culturais da Câmara Municipal de Odemira, ou através do Posto de Turismo e de Venda de Artesanato de Odemira. |
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SANTIAGO DE CACÉM
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O artesanato ou arte popular, como também, por vezes, é designado, faz parte integrante da cultura que caracteriza e define a identidade de um povo.
Viajar no concelho de Santiago do Cacém proporciona maravilhosos encontros com a natureza e com o mundo rural e urbano. O turismo estabelece uma ponte de ligação entre estes universos e o artesanato vivo que encontra, nos recursos naturais, as matérias-primas e as fontes de inspiração, permitindo a criação artística.
Alguns trabalhos estão em vias de extinção e outros teimam em persistir, confirmando a sua utilidade nos tempos modernos: a tanoaria, a begoaria, a ferradoria, o fabrico de calçado, a latoaria e a funilaria, a cestaria, a correaria e a confecção de cadeiras e bancos.
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém promove e divulga as actividades artesanais praticadas no Concelho junto de turistas, visitantes e, de um modo geral, junto de todos aqueles que procuram descobrir a nossa cultura. Dinamizar a compra e a venda dos produtos, dando resposta às inúmeras solicitações por parte dos produtores e do público em geral, é uma das nossas metas. |
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SINES |
A exemplo de outros Concelhos da região, também no artesanato de Sines se percebe a influência das actividades marítimas tradicionais, como acontece com as primorosas miniaturas de embarcações típicas de Sines.
A complexa arte das rendas de bilros é também uma das riquezas artesanais de Sines a recriar o imaginário marítimo.
Herdeira de uma vertente utilitária, mas nem por isso menos cuidada, é a produção de leves e delicadas cestas de cana, paciente labor, assente na utilização de matérias acessíveis.
Os artesãos do Concelho de Sines estão reunidos numa associação própria. |